quinta-feira, 7 de maio de 2009

É daqui, da terrinha. É tudo de bom!




Pois é meus amigos, bom mesmo é a casa da gente não concordam? Quem não gosta de conhecer o que existe por aí, viajar a outros países desse mundo? Até eu gosto! Mas nada como estar em casa...

Quando começa a se interessar pela gastronomia, o gourmand e gourmet sempre correm para a cozinha francesa e italiana na busca de conhecer e compreender as técnicas e os ingredientes da alta cozinha. Isto é ótimo!

A Europa é o antigo continente e, portanto, a pioneira em diversas áreas e dentre elas a gastronomia. Lá nos primeiros séculos o povo mediterrâneo, cuja alimentação era baseada em grãos, azeites e vinho, entrou em contato com os nórdicos que eram tachados de bárbaros (além de outros motivos não pitorescos para serem aqui comentados) pelo povo mais ao sul por terem sua dieta baseada quase que totalmente nas carnes e na cerveja (na verdade o ancestral dela). Imaginem a estranheza e depois as descobertas maravilhosas que os primeiros aventureiros obtiveram na mistura destes ingredientes e costumes.

Devemos muito a essa gente em termos de alimentação. Mas, vamos lá. Se esquecermos um pouco o pato ao vinho, a codorniz recheada com foie grais e manteiga de zimbro, os risotos e outros clássicos que dão e sempre darão água na boca, nada melhor do que a comida e os ingredientes aqui da gente.

Ingredientes guerreiros se não heróicos existem por aqui há muito tempo. Desde o começo de nossa colonização temos aí a mandioca (chamada de a rainha do Brasil), o milho, a cana-de-açúcar, entre os mais populares e uma infinidade de iguarias sensacionais. Um exemplo disso é a cana-de-açúcar, que além do açúcar e da cachaça, produz a tão simples e popular rapadura. Para quem não sabe, a rapadura é um alimento muito nutritivo, embora vista como uma simples guloseima doce.

A produção de rapadura também tem ancestralidade e pedigree. A qualidade da cana, a região e considições climáticas têm uma influencia muito grande na qualidade e sabor do produto final. E este então não é um privilégio somente dos grandes vinhedos. Existem as de primeiro cozimento, de segundo, aonde são adicionadas as rapas da primeira e por aí vai.

Tive a oportunidade esta semana de degustar uma rapadura de excelente qualidade de fabricação, ótima textura, cor e sabor. Ela é fabricada lá no Sítio Boa Vista - Santa Cruz da Baixa Verde em Pernambuco, aliás, aonde a questão da cana se iniciou no Brasil. Será que é o caso de quem fez a primeira faz a melhor? Olha que se não for o caso, bem que poderia ser!

Como teste de degustação, elaborei um Sorbet de Rapadura que ficou sensacional. Uma ótima e diferente opção de sobremesa para os menus nacionais. Nesta oportunidade, adicionei um pouco de suco de limão siciliano o que contribuiu com o leve perfume e uma acidez suave que conferiram ao prato um sabor diferenciado com um fio de azeite de tangerina.


Para aqueles que tiverem interesse em apreciar este produto de qualidade, entrem em contato com a Casa Gomes Belo de Doces na Rua Capitão Salomão, no centro de São Paulo, telefone: 3326-8977 e peçam para falar com o Alexandro Gomes. Além do excelente atendimento, vocês podem ter a oportunidade de ter uma aula sobre a rapadura.


3 comentários:

  1. Excelente Bob!
    Parabéns pela iniciativa
    Viva os produtos brasileiros!!!
    Alex Gomes

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  2. Boa Bob!!
    Vamos fazer o Brasil ocupar um lugar de destaque na culinária internacional.
    E como disse o Alex:
    Viva os produtos brasileiros!!

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  3. Fala ai Robertão, tudo bem????
    Show de bola a inciativa do blog.
    Alias a idéia tem tudo para dar certo. Vc vai aliar duas qualidades que tem de sobra: o texto, sempre ironico e bem escrito; e a habilidade com as caçarolas, aliado a "verve" investigativa da culunária brasileira.
    Parabens

    Patrick

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