quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Oxi-Ceia!

Após um período sabático não muito vonluntário, pude retornar à minha saga gastronômica! Mesmo que ainda no final do segundo tempo de 2009. E isso com relação às experiências e às novas idéias, já que da cozinha do dia-a-dia, dessa não escapo (nem quero).

Quero compartilhar com vocês a ceia que preparei no Natal dias atrás. Foi uma ceia BAIANA com direito a Mini-Acarajé, Arroz de Hauçá, Ochin-chin de galinha, Caruru e Vatapá. Tudo preparado como manda a tradição, aliado às técnicas da alta gastronomia no preparo, cocção e equilíbrio de sabores dos ingredientes. De quebra, belos e brilhantes quindins de sobremesa.

Há um bom tempo venho estudando e pesquisando aqui e alí as raízes e a influência africana, portuguesa e indígena na culinária baiana. É realmente mais um legado, um patrimônio cultural brasileiro. Então decidi que - nesse retorno à gastronomia - iria preparar estes pratos tão deliciosos.

A culinária baiana é de uma simplicidade muito grande, ao mesmo tempo que é meticulosa nas etapas de seu preparo, mesclando ingredientes de diferentes categorias num mesmo prato. Como é o caso do Ochin-chin, que inclui a galinha e o camarão seco, a castanha-de-caju, o amendoim e até mesmo a semente de abóbora moída como uma das muitas variações que existem por aí. Nessa versão, utilizei também a semente de abóbora.

O Caruru não podia faltar. Aqui todo mundo gosta, ainda mais feito na tradição: lavado e bem seco no papel para não criar baba, corte longitudinal e cruz, depois pica miúdo...

Desta vez fico devendo as fotos, pois foi uma loucura. Sozinho numa cozinha que não era a minha, tendo que preparar todo o mise en place, executar os pratos, decorar, servir, etc! Valeu o esforço, já que à mesa estavam presentes veteranos do natal como o tender à California. Mas para a minha satisfação, foi um sucesso, houve elogio e repeteco de porções dos convivas familiares.

Harmonizei o Ochin-chin com cerveja Guinness e achei que ficou ótimo. O molho cremoso,  encorpado e levemente adocicado fez bom contraste com o amargor da Guinness. Merecida!

Por agora é só. Novidades em breve, um abraço e um ótimo 2010 cheio de sucesso, realizações e degustações a todos.

Roberto.